Ultimamente, quando alguém decide que me quer mostrar que o vegetarianismo não é um estilo de vida viável a médio prazo, eu chego a um ponto em que fico tão exausta por defender a minha posição que acabo por dizer "Sim, mais cedo ou mais tarde acabo por voltar a comer peixe", numa tentativa desesperada para que me deixem em paz e sossegada. Mesmo assim, a maioria das pessoas tenta prolongar a conversa com os seus argumentos da treta acerca de como nós somos seres feitos de CARNE (e que por isso, precisamos de comer carne... cadáveres em decomposição).
Isto é complicado.
Complicada não é a alimentação. Complicado é aturar toda a gente à nossa volta a quererem "cuidar" da nossa saúde e a fazerem piadas com a nossa escolha.
Para isto eu tenho um nome: falta de inteligência. Não digo que quem come carne é estupido, nem nunca ninguém me apanhou a dizer que eu é que estou certa e que o resto do mundo está errado. Mas acho estupido quem não consegue ter uma discussão saudável de confronto de dois pontos de vista. Que não consegue assimilar o que lhe é explicado pelo outro, que nem sequer tenta compreender as motivações do outro e que não é capaz de ver além das ideias pré-concebidas que tem cravadas no seu pequeno cérebro, não por ter tentado saber mais acerca delas mas porque é aquilo que ouve dizer pelo senso comum desde criança.
As discussões chegam ao limite do ridículo, a única solução que me resta é dar-me por vencida e acabar a abanar uma bandeirola branca. "Sim, tens razão e eu estou completamente errada. Comer animais mortos cheios de medicamentos é que é bom, e eu vou ficar cheia de doenças por não os comer". E pronto, faço feliz um qualquer imbecil por dar-lhe a ideia de que ganhou a discussão, mas na verdade, quando chego a este ponto com alguém, é porque considero a pessoa um caso perdido e um dos seres que extreminaria se um dia eu viesse a governar o Mundo.
Vai ser duro quando eu decidir ter filhos. Acho que nessa altura emigro e só volto quando os miúdos tiverem uns 10 anos de idade. Aí já ninguém me vai mandar prender por lhes querer dar uma alimentação saudável e cruelty-free.
Vegetarianos: em média vivem mais 10 anos que a restante população, temos muito menos incidência de algumas doenças como a diabetes ou certos tipos de cancro e muitas outras, não sofremos de obesidade, mas mesmo assim, à vista de grande parte da sociedade, somos uns paspalhos que vão todos acabar doentes ou doidos varridos. Os valores desta gente andam todos trocados.
E vou acabar de mostrar a minha indignação, senão ainda vos faço perder o apetite.
Há muito pessoal veggie que consegue abstrair-se completamente das provocações e das consultas de nutrição/psicologia forçadas que toda a gente nos tenta dar. Eu não sei como conseguem! Espero um dia conseguir alcançar esse estado de espiríto...
Esparregado de bróculos, puré de bróculos, papinha de bróculos... Chamem-lhe o que quiserem. É optimo independentemente do nome que lhe queiram dar!
Para umas 4/5 porções, usei:
1 kg de bróculos congelados
3 dentes de alho
200 ml de leite de aveia
Sal & Pimenta
Azeite
Coza os bróculos em água temperada com sal até ficarem bem macios. Escorra-os e esmague-os (pode usar o passe vite, amassar com um garfo... eu usei um esmagador de batatas).
Coloque um generoso fio de azeite numa frigideira e junte os alhos esmagados. Deixe alourar um pouquinho e adicione à frigideira, os bróculos esmagados.
Junte o leite, pode ser necessária mais ou menos quantidade que a que refiro acima. A ideia é ficar com om puré com uma consistência suave.
Tempere com pimenta e rectifique o sal.
E já está! :)